13 agosto 2010

A Arquitetura da Felicidade


Um dos temas abordados durante a Casa Cor 2010, realizado em São Paulo, entre 25 de maio a 18 de julho passados, foi a Arquitetura da Felicidade, juntamente com sustentabilidade, determinando uma grande desafio a capacidade criativa dos arquitetos e decoradores participantes da mostra.

Um conceito que vem despertando reflexões teóricas e iniciativas práticas especialmente no continente europeu. O mote é baseado no livro de mesmo título, escrito pelo filósofo suíço Alain de Botton, que retrata a harmonia da arquitetura e sua relação com as pessoas.

O filósofo chama a atenção de como as pessoas são profundamente influenciadas pela arquitetura à sua volta, seja a do lar, a do ambiente de trabalho ou mesmo a das ruas. O estilo e a aparência de cada construção afeta, de alguma maneira, o humor, a sensibilidade e até a personalidade dos seres humanos. Ele nos convida a abrir os olhos para essa curiosa relação, raramente percebida.

Ele acredita que o ambiente afeta as pessoas de tal modo que não seria exagero dizer que a arquitetura é capaz de estragar ou melhorar a vida afetiva ou profissional de alguém.

Um convite a abrir os olhos para essa
curiosa relação, raramente percebida.


Uma de suas teses diz que o que buscamos numa obra de arquitetura não está tão longe do que procuramos num amigo. Ao construir uma casa ou decorar um cômodo, as pessoas querem mostrar quem o são, lembrar de si próprias e ter sempre em mente como elas poderiam idealmente ser. O lar, portanto, não é um refúgio apenas físico, mas também psicológico, o guardião da identidade de seus habitantes.

Seguindo esse raciocínio, o autor conclui que quando alguém acha bonita determinada construção, é porque a arquitetura reflete os valores de quem a elogia. Afinal de contas, uma simples fachada pode ser acolhedora ou ameaçadora, humilde ou esnobe, aristocrática ou religiosa, pode relembrar o passado ou apontar para o futuro. Cada obra de arquitetura mostra uma visão de felicidade.

 
Fonte da resenha: Revista Casa Cor (Ano 3) e Liziane Milgarejo Arquitetura e Interiores (http://lizianevieira.blogspot.com)

Um comentário:

  1. bastante interessante isso, frô. Já li, há muuito tempo, o primeiro livro do Alain, que foi Ensaios Sobre o Amor, e gostei muito. Agora fica mais esse título na minha lista de espera. ;oD

    Xerinhos
    paty

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